14 de jun. de 2012

O Sensacionalismo da Mídia e a Política


O surgimento dos meios de comunicação agregou à sociedade a capacidade de criticar e, muitas vezes, julgar determinados fatos e pessoas. Na área da política esses atos são mais expressivos e frequentes. A sociedade é, e sempre será incapaz de perceber como a hipocrisia está presente rotineiramente, ou seja, o ser humano sempre percebe os erros alheios, determinando e montando o caráter dos outros. Desvirtuando-se dos princípios morais mais básicos, esquecendo-se de manter seu próprio caráter e desvalorizando a verdade. Escândalos, roubos, acusações e denúncias sempre existem no meio político, mas generalizar esses casos e intrigar-se da política é um fato que cabe somente aos ignorantes, a capacidade de não julgar, não perceber e não reconhecer seus erros é o cúmulo da falta de ética.
O meio televisivo é, de fato, o que mantêm maior contato diário com as pessoas, geralmente o sensacionalismo dos telejornais contagiam e dominam o intelecto dos telespectadores, obrigando-os indiretamente a acreditarem nos fatos transmitidos, somando isso com a fraca capacidade do senso crítico, o resultado só pode ser uma legião de manipulados. O sensacionalismo é usado, na maioria das vezes, para despertar a atenção do público alvo. O sensacionalismo está diretamente relacionado com o fato de não existir novos pensadores, de não haver crítica construtiva e formação de intelectuais.
Esse texto não defende a ideia de que os políticos são exemplos a seguir ou que são as pessoas mais importantes na sociedade, apenas relata que a sociedade se deixa levar muito fácil e despercebida pelo não esclarecimento da real proposta que a mídia deve ter que é única e exclusivamente de transmitir os acontecimentos relevantes para que haja, sempre, uma população informada sobre seu país e suas culturas de forma geral.
O senso comum “brasileiro”, de uma forma simplista e resumida, defende a ideia de que todo político é corrupto e mau caráter, de que a política é uma arte de enriquecer rapidamente sem esforço, há quem pense que política é o ato beneficiar-se com o dinheiro alheio sem a necessidade de pedir diretamente. O termo certo para isso deveria ser “politicagem”, pois a essência da política é cuidar dos bens em comum a todos e ser o representante emérito de um determinado lugar. Para Platão, a convicção de que a Cidade-Estado ideal deveria ser governada por alguém dotado de uma formação filosófica, ou seja, para ser político haveria a necessidade não só de ser eleito, mas de ter a capacidade de pensar e agir dignamente de forma que todos os indivíduos sintam-se realmente representados por seu governante.
Há necessidade de entender as obrigações e os direitos do cidadão e dos representantes para depois tomar-se uma posição crítica ou favorável sobre determinados assuntos e, principalmente sobre os políticos e suas ações. 

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