O
governo britânico encomendou ao grupo Fast Future a pesquisa The Shape of Jobs to Come (A
forma dos empregos que virão), esse estudo foi realizado com 486 participantes
de 58 países em 6 continentes para elencar quais seriam as profissões
dominantes nos próximos 20 anos.
Segundo
a pesquisa, uma das áreas que vai gerar mais empregos até 2030 será consultoria
de bem-estar para idosos, profissionais capazes de articular diversas áreas da
saúde para ajudar os idosos do futuro a viver melhor. Aliás, no mundo das novas
profissões, articulador virou palavra-chave. Aqueles que souberem unir
diferentes áreas do conhecimento para gerar novos serviços, passam a valer
ouro. Segue então algumas profissões do futuro:
LlXÓLOGO
Também
chamado gestor de resíduos, será o profissional especializado em propor
soluções para os detritos do meio urbano, não só das empresas, transformando
os em fontes energéticas que gerem gás e outras formas limpas de energia. Para
se ter uma ideia, o volume de lixo produzido no mundo aumentou três vezes mais
do que a população nos últimos 30 anos. Além disso. o aumento da qualidade de
vida implica em consumo maior e aumento da montanha de lixo no planeta. Os
salários para o gestor de resíduos nas empresas ficam entre R$1O mil e R$14
mil.
Já
existem cursos de pós-graduação para gestão de resíduos, mas ainda não temos
no Brasil cursos de graduação na área. O caminho mais fácil para quem quer
trabalhar como lixólogo é a graduação em engenharia ambiental ou química e uma
especialização nos cursos de pós-graduação focada em gestão de resíduos.
FAZENDEIRO
VERTICAL
As
fazendas verticais serão edifícios urbanos destinados à produção de
hortifrutigranjeiros e os fazendeiros do futuro irão misturar planejamento
urbano com agronomia. "Poderemos comer alimentos mais saudáveis e dos
quais sabemos exatamente a procedência." diz o arquiteto Rafael Grinberg
Costa. que está trabalhando no projeto de revitalização de edifícios
abandonados em São Paulo.
Alimentar
a população de quase 9.1 bilhões de habitantes prevista para os próximos 40
anos será insustentável, segundo a ONU. Não há um curso específico para se
tornar fazendeiro vertical, mas será necessária uma forte base em agronomia.
conhecimentos de engenharia, arquitetura e urbanismo, todos cursos já
existentes no Brasil.
FISCAL
DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Na
previsão dos futurólogos. até o clima será espaço para disputas políticas. É aí
que entra o fiscal de alterações climáticas, que irá monitorar empresas ou
órgãos governamentais que tiverem permissão para fazer alterações
meteorológicas. Seria também função dele conceder licenças para intervenções
nos padrões climáticos e evitar ataques terroristas químicos na atmosfera, por
exemplo.
Segundo
a Fast Future, os primeiros da área devem aparecer por volta de 2020. Profissão
que está apenas na previsões, os fiscais ainda não chegaram aos meios
acadêmicos. Um ponto de partida seriam cursos de meteorologia ou gestão
ambiental, mais noções de legislação na área.
CONSULTOR
DE BEM-ESTAR AOS IDOSOS
Profissional
da área de saúde disposto a construir pontes entre os pacientes da terceira
idade e os serviços que podem trazer a eles melhor qualidade de vida. Os
cuidados envolvem o contato com médicos, questões de moradia, treinamento
esportivo e até de aconseIhamento financeiro.
De
acordo com a ONU, idosos serão 19% da população em 2050. Por isso, novas
doenças crônicas surgem, aumenta o uso de medicamentos e exames. A
telemedicina, a transmissão digital de informações médicas, vai possibillitar
gerenciar à distância a saúde do paciente e dar melhor atendimento aos idosos.
Para Chao Lung Wen, presidente do Conselho Brasileiro de Telemedicina e
Telessaúde, esses estrategistas irão também acompanhar deficientes físicos.
Na
Europa, esse profissional já é uma realidade e a tendência deve aparecer por
aqui em alguns anos, já que a população idosa aumenta. O consultor de
bem-estar pode atuar como autônomo ou ser um associado dos sistemas de saúde.
É
mais um articulador, por isso sua formação pode ser em qualquer ramo da saúde.
O importante é que ele tenha conhecimentos das outras áreas. A Faculdade de
Medicina da USP já estuda criar um curso de pós-graduação com esse fim.
PERITO
FORENSE DIGITAL
Uma
mistura de geek com Sherlock
Holmes, o perito busca evidências digitais diante das acusações de ataques a
servidores e contas bancárias, roubo de dados, pedofilia e outros crimes na
rede. Os peritos também se ocupam de encontrar provas para crimes offline. No
Brasil, são registrados 77 mil crimes cibernéticos por dia, segundo pesquisa da
Norton. O país tem 40 milhões de usuários de internet, a oitava população cibernética do mundo,
segundo a consultoria comScore.
A
profissão já existe, mas vai crescer com o aumento do uso de serviços de e-commerce,
transações bancárias virtuais e o alcance da rede de computadores no país. Os
concursos da Polícia Federal para preenchimento dos cargos de peritos digitais
ficam em torno dos 100 candidatos por vaga. Exigem curso superior em ciência da
computação e os salários podem chegar aos R$ 14 mil. O perito tem mesmo que ser
um geek, mas
também ter uma boa base de direito.
ENGENHEIRO
DE SIMULAÇÃO
Profissional
responsável por coordenar testes virtuais que avaliam os riscos e benefícios
de um projeto em um ambiente virtual, ou seja, antes que ele seja colocado em
prática. Os testes em computadores reduzem o custo das operações em qualquer
área.
Os
processos de simulação já estão a todo vapor na indústria e tendem a se intensificar
nos próximos 20 anos. O que ainda não existe são cargos especificos para essa
função, que têm sido assumidos por engenheiros da computação. Fora do Brasil
já existem. Segundo o Departamento de Trabalho Americano, os salários vão de
US$ 67 mil a US$113 mil por ano.
É
possível formar se engenheiro especializado em simulação por meio dos cursos
de pós-graduação. Por exemplo, a USP, Unicamp, lTA e universidades federais do
Rio Grande do Sul, Pernambuco. Minas Gerais e Rio Grande do Norte têm formações
na área.
NANOMÉDICO
Vai
ser o profissional responsável pela utilização de nanorrobôs e nanopartículas
para curar, diagnosticar e prevenir doenças. Poderão atuar em pesquisas,
atendimento em consultórios e diagnósticos. A nanomedicina vai desde a
reparação de tecidos até as práticas de terapia genética.
Os
primeiros nanomédicos aparecerão por volta de 2025. Mesmo assim, estudos
avançam na área. Cientistas da Universidade da Califórnia já estão utilizando
técnicas de nanotecnologia para construir "navios cargueiros" de
nanômetros que flutuam pela corrente sanguínea a fim de identificar tipos de
câncer. A complexidade da formação a coloca entre as profissões mais bem pagas
do futuro, segundo a Fast Future.
O
profissional deve ser amigável com a química, biologia, robótica e medicina.
No Brasil já se pesquisa a aplicação da nanotecnologia na área médica, mas
cursos de graduação ainda estão longe de acontecer. A Universidade de Londres
tem um centro de estudos no assunto.
adaptado do site methodus, obrigado
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