No dia 15 de março de 2015, aconteceu mais uma série de manifestações nas ruas de algumas capitais e outras cidades do Brasil. Em suma, pelo que li em alguns noticiários, a ideia era protestar contra a corrupção e indignação com o governo atual da Presidente reeleita Dilma Rousseff. A maioria dos protestantes tinham sim, esse foco, porém, o que também se viu foram algumas ideias bizarras de protesto.
Pessoas com cartazes que pediam uma intervenção militar, isso mesmo, indivíduos livres usufruindo da democracia, "protestando" à favor da retirada do seu DIREITO de protestar! No mínimo, para evitar ser grosseiro, essas pessoas faltaram às aulas de geopolítica e história do Brasil. E o que mais parece confuso é o fato de algumas pessoas que viveram o período da Ditadura estarem estarem envolvidos com o tal pedido de intervenção militar.
Para resumir o que significa uma intervenção militar, pode-se dizer que seria o fim da democracia. Ou seja, o fim do direito ao voto, o fim do Ministério Público (o direito do povo de fiscalizar e auditar e obras públicas, que seriam realizadas por militares), o fim do direito de questionar erros do governo, o fim do direito de ir às ruas. Enfim, manifestar-se é preciso, mas manifestar-se pedindo o fim do direito de manifestar-se parece um tanto contraditório.
É necessário estar atento aos articuladores infiltrados nas manifestações com intenções tendenciosas, que usam o povo como massa de manobra para ofuscar o verdadeiro sentido da manifestação, povo esse que tem todo espaço para pesquisar sobre os reais motivos de ir para rua, mas não o fazem. Já vimos isso nas manifestações de 2013, iclusive postei um texto sobre isso, clique aqui para ler.
Quem tem que ir para "fora" não é o político do partido A ou o político do partido B, não é o político de esquerda ou de direita. E sim, o político corrupto de qualquer partido. E vamos combinar que no Brasil tem uma lista tão longa quanto a BR 101. E sim, sou à favor de qualquer manifestação do povo brasileiro.
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