A honestidade
no mundo de hoje é rara. Principalmente, no campo da política, onde a maior
parte dos nossos representantes políticos possui alguma pendência jurídica. A política
brasileira nem sempre andou na mesma calçada da ética. Melhor dizendo, quase
nunca andou. A dúvida e apatia contra a política são precedentes para que a má
política seja abastecida. Para que só tomem poder aqueles que possuem terceiras
intenções. A política é vista como uma área imprópria para homens de bem. Visão
esta que é errada. Se pararmos para analisar que somente pelo campo da política
existe a possibilidade de mudar a política. Ora, se você quer andar na chuva,
você vai se molhar.
A apatia
criada contra a política é repassada para as gerações como se a política nunca
terá “cura”. Ou seja, é como se a política não tivesse mais condições de
reestruturar os problemas vividos no país. É fato que, certa parcela de apatia é
necessária para se criar uma barreira, ou seja, para que a ingenuidade não nos
force a acreditar em tudo que os políticos julgam como certo. Não estou
querendo dizer que a política é um refúgio paradisíaco, e nem que é um mar de
corruptos e hediondos. Porém, deve-se ter o senso crítico para perceber e
analisar os fatos imparcialmente. Não se tem como mudar a política senão por
ela mesma.
O que se vê
é uma juventude que não se interessa pelas possiblidades de mudança, que
desacreditam antes de tentar, que preferem a desfeita. O fato de julgar a
política como algo desnecessário já o faz um contribuinte para a situação de
calamidade. Como já disse em outro texto, a melhoria de um conjunto depende da
melhoria individual. Não existe mudança sem o primeiro passo. Não sou e nem
quero ser utópico, todavia acredito que cada mobilização que fazemos move um milímetro
positivo.