21 de set. de 2015

Entendendo a crise


Neste primeiro texto sobre a crise o foco será interno, ou seja, a crise no Brasil, tanto do ponto de vista econômico, quanto político. Os textos serão curtos e a única tendência que seguirão é a da crítica. Esmiuçar o assunto da forma mais simples.
No atual declínio político-econômico do Brasil, observa-se que o Governo Federal tem anunciado medidas de ajustes fiscais e corte de gastos para se equilibrar na corda bamba [ou atual slackline], porém, será que isso realmente aconterá na prática?

Bem, quando se fala em ajuste fiscal, deve-se entender que são medidas [paliativas] tomadas por um governo para tentar voltar ao azul. Na prática, algumas dessas medidas dependem da aprovação do congresso, como  aumento de tributos, taxas e juros nas mais diversas áreas onde o governo atual e corte de "benefícios", os quais se incluem os caríssimos cargos comissionados do executivo. Outra medida que não depende da aprovação do congresso, seria a diminuição das despesas discricionárias - despesas não obrigatórias do Governo.

O Governo é obrigado por lei (Constituição Federal) a investir determinada quantia na área da Saúde e Educação. Esses dois ministérios são considerados dos mais caros para o Governo. Logo, não poderiam escapar de cortes. Sempre é possível arrumar um jeitinho na lei para dar uns perdidos, certo? Sim. 

Segundo o próprio Governo, o programa Bolsa Família é considerado prioridade e será mantido intacto. Esse programa, como alguns outros, é bastante criticado por muitas pessoas, principalmente os que se consideram de direita. Eu, sinceramente, já cheguei a conclusões favoráveis e contras. Então prefiro deixar esse tema para outro texto. 

Por outro lado, ocorrerão cortes nos importantes setores habitacional e de infraestrutura. A verba para o programa Minha Casa Minha Vida será congelada. O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) também será congelado. O PAC é o maior programa de infraestrutura do país e possui obras em todo território nacional. Na prática, essas duas medidas significam que o burocrático programa Minha Casa Minha Vida vai reduzir as oportunidades de negócios e que as obras do PAC espalhadas pelo Brasil, que já estavam atrasadas, irão parar de uma vez. 

Lembrando que essas medidas não implicam apenas na estagnação das obras no país, implicam também na redução de empregos diretos (mão de obra), como indiretas. Enfim, o Governo está colhendo os frutos podres dos gastos desenfreados dos últimos anos. Colhendo também, o amargo resultado dos intensos desvios, fraudes e corrupção. Lamentável. 

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